Brasília – Em repúdio ao anteprojeto de lei orgânica que propõe mudanças na carreira, policiais federais realizaram manifestações hoje em todo o país. O projeto, elaborado pelo Ministério da Justiça, e que ainda deve ser encaminhado ao Congresso Nacional para aprovação, prevê a extinção das carreiras de escrivão e papiloscopista, atribuições que passariam para os agentes de polícia.
De acordo com o presidente do Sindicato dos Policiais Federais do Distrito Federal, (Sindpol-DF), Luís Cláudio Avelar, a aprovação do texto resultaria na exoneração dos escrivães e papiloscopistas, admitidos por concurso, que ainda estão no estágio probatório de três anos. Atualmente, cerca de 2 mil pessoas estão nessa condição.
Segundo o presidente do Sindipol, a mudança proposta deve prejudicar a agilidade das investigações. “Os agentes exerceriam a função dos cargos extintos, sem serem especialistas, o que pode acarretar demora”.
A categoria quer também o reconhecimento do nível superior para a atividade policial e o pagamento da segunda parcela do aumento concedido pelo governo federal no ano passado. De acordo com o presidente da Associação Nacional dos Delegados de Polícia Federal, Sandro Avelar, a segunda parcela do aumento deveria ter sido paga em dezembro do ano passado.
Os policiais federais aprovaram indicativo de greve e querem que o governo negocie com eles as reivindicações até julho, para que a segurança dos Jogos Pan-Americanos não seja prejudicada com uma paralisação.
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