João Caminoto
O índice foi lançado nesta quarta-feira, 30, com o objetivo de servir como uma referência para o debate da reunião de cúpula do G-8, que ocorrerá no final da próxima semana na Alemanha.
Elaborado pela consultoria britânica Economist Intelligence Unit (EIU), o levantamento foi monitorado por um conselho de personalidades internacionais, como o Dalai-Lama, o arcebispo Desmond Tutu, o ex-presidente norte-americano Jimmy Carter e o economista Joseph Stiglitz.
O ranking é liderado pela Noruega e o grupo dos dez países mais “pacíficos” é completado pela Nova Zelândia, Dinamarca, Irlanda, Japão, Finlândia, Suécia, Canadá, Portugal e Áustria. Na América Latina, o Chile é o melhor posicionado, na 16ª posição. O país com o pior nível de paz é o Iraque, seguido pelo Sudão.
Com uma performance de 2.173 pontos, o Brasil é considerado um país menos pacífico do que muitos vizinhos da América Latina, como o México, Peru, Bolívia, Paraguai e Argentina, mas está melhor colocado do que a Venezuela (102ª posição) ou Estados Unidos (96ª posição). O grau de paz no Brasil também é considerado inferior ao da China, Jamaica e Síria.
O GPI é composto por 24 indicadores, que incluem o nível de gastos militares, relações com países vizinhos, ação do crime organizado, número de homicídios e o grau de respeito dos direitos humanos. Segundo a EIU, foram levados também em consideração uma variedade de fatores determinantes da paz, como o nível de democracia, transparência, educação e distribuição de renda.
“Países pequenos, estáveis, que integram blocos regionais como a União Européia, tendem a ocupar as melhores posições no ranking”, disse a EIU. “Os principais determinantes de paz interna são a renda, o grau de escolaridade e o nível de integração regional.”
O prêmio Nobel Dalai Lama disse que a elaboração desse índice “vai sem dúvida tornar os fatores e qualidades que contribuem para a paz melhores conhecidos, e vai estimular as pessoas a implementá-los em seus próprios países”. O diretor editorial da EIU disse que o GPI serve como um alerta para os líderes mundiais.
Comments are closed.