Com a certeza de que existe um projeto muito particular dos comandantes e que a nossa entidade ainda não sabe exatamente como será, informo aos senhores que está muito difícil emplacar nossos anseios.
A idéia de criar classes acima não está garantida, assim como não se concretizou o fim da terceira classe, portanto ganhos financeiros não estão definidos.
Ainda não foi possível fechar as atribuições de cada cargo. Os deltas não aceitam o cargo único e os PPFs e PCFs não conseguiram delinear o novo modelo de união entre os cargos de APF, EPF e PPF por conta da perícia papiloscópica, maior impedimento para o cargo único que reuniria os três, pois os Peritos não aceitam que o novo cargo, que reúne os atuais, possua atribuição de realização de qualquer tipo de perícia, com emissão de laudo e os Papiloscopistas por sua vez, não aceitam perder qualquer de suas atribuições, o que é justo.
Os interesses dos agentes e escrivães já estão praticamente acertados, mas ainda assim o delta continua como o mais poderoso, inclusive nas operações e investigações, por mais que maquiagens sejam inseridas no texto.
A reserva de vagas que dependeria de PEC para o provimento derivado, pode ser um sonho inalcançável, pois se não passar, volta-se a estaca zero: sem cargo único, sem reserva de vagas, sem funções, sem sonhos.
Percebe-se que os deltas atacam a Comissão e as pretensões de nossa categoria e já publicamente defendem a união com as PCs estaduais em suas pretensões de carreira de delegado e de LO única para as polícias.
Não sei em quem acreditar.
A Fenapef e os sindicatos precisam aprimorar um sistema que identifique e ataque os pontos fracos dos adversários, ao mesmo tempo em que consiga uma blindagem contra os ataques, mesmo que dissimulados.
É preciso atuar com mais profissionalismo. Comentários de bloguistas e opiniões baseadas em achismos (acho isso ou aquilo) não agregam valor, somente discórdia.
Aqueles que hoje detêm e manipulam o poder, mesmo que seja a custa de traições, discórdia e de instrumentos ultrapassados no sistema da persecução criminal, não admitem democratizar as funções, permitindo que policiais experientes ajudem a melhorar a qualidade do trabalho.
Esses poderosos preferem que um rapaz, recém formado, apenas por ter capacidade de memorização dos textos que aprendeu na faculdade ou nos cursinhos, sendo aprovado em um concurso para chefe, permitem que alguém que nunca investigou comande as investigações, apenas para manter o ideal de manutenção do poder pelo poder, agregado de prerrogativas de uma carreira jurídica que na verdade não pode existir.
Inimigos do estado desejam uma carreira jurídica, mas não aceitam uma CARREIRA POLICIAL.
O Diretor Geral não decide apesar de conhecer os anseios, pois acredita no poder do consenso, instalando uma Comissão – Brilhante, porém utópico, já que apesar de teoricamente democrática, não consegue se libertar das peculiaridades. Como extrair consenso em um universo de diferentes pretensões? Em qualquer comunhão as partes têm que ceder.
Precisamos de profissionais qualificados e isentos que possam delinear com imparcialidade o modelo mais próximo do ideal, visando uma polícia de qualidade, que possa atender os anseios da sociedade. Perdoem-me os demais membros do grupo, mas além de boa vontade e desejos, deve-se poder contar com técnica e conhecimento do assunto. Talvez fosse melhor contratar uma consultoria especializada em salvar empresas da falência ou qualquer coisa parecida.
Democracia demais, por vezes é prejudicial para o processo de mudança.
Não haverá consenso. Não haverá unanimidade. Ao final dos trabalhos, por mais incrível que pareça, todos estarão insatisfeitos e, portanto poderão trabalhar por conta própria politicamente, inviabilizando, portanto o projeto novamente.
Boa sorte.
UNIDOS SEREMOS MAIS FORTES
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