Hudson Corrêa
Anunciado há mais de duas semanas pela direção do Ibama, o embargo à fazenda de Paulo Cesar Quartiero na terra indígena Raposa/ Serra do Sol, em Roraima, não saiu do papel.
“Até agora não [embargaram]. A situação está normal lá. Até procurei o processo aqui no Ibama de Boa Vista. Não encontrei. Está lá por Brasília”, disse Quartiero.
O Ibama informou, na semana passada, que devido à “tensão” na Raposa/Serra do Sol, a operação de apreensão de equipamentos da fazenda de Quartiero havia sido adiada. Procurado ontem para falar sobre a data da operação, o órgão não respondeu.
A fazenda consta na lista de áreas embargadas dentro do plano de combate ao desmatamento na Amazônia. O Ibama mantém um sistema de consulta pela internet que lista as propriedades que sofreram embargos.
.”As áreas são embargadas em operações que o Ibama executa no âmbito do Plano Nacional de Prevenção e Combate ao Desmatamento da Amazônia”, diz o órgão.
Com o embargo, as propriedades não podem ser exploradas até a recuperação de áreas degradadas. O sistema de consulta é mantido para que comerciantes e indústrias evitem comprar produtos agropecuários e florestais das fazendas embargadas. As penalidades são multa e restrição de crédito.
No último dia 9, Quartiero foi multado em R$ 30,6 milhões e a área produtora de arroz foi embargada. Ele foi notificado da decisão dentro da cela da Polícia Federal em Brasília -estava preso sob acusação de mandar atirar em índios que, no dia 5 de maio, ocuparam sua propriedade na Raposa/Serra do Sol.
Até ontem, segundo funcionários da fazenda e o próprio Quartiero, o trabalho na fazenda continuava normalmente. Na terra, está sendo cultivada uma área de
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