Fonte: Agência Fenapef
As perseguições dentro do Departamento de Polícia Federal praticadas contra agentes, escrivães e papiloscopistas foram um dos temas da reunião entre representantes dos policiais federais e o assessor especial do ministério da Justiça, Marcelo Veiga. Diretores da Fenapef e representantes dos sindicatos entregaram documento ao MJ com as denúncias e onde alertam para a ineficiência do setor de recursos humanos do órgão.
O vice-presidente da Fenapef, Paulo Poloni, alertou mais uma vez para a iminência de conflitos nas unidades da Polícia Federal. “Temos casos de assédio moral e perseguições contra colegas que participaram da greve. Se esse quadro não mudar tememos por uma tragédia”, disse Poloni. O vice-presidente disse que a Fenapef também acionou o MPOG. “Pedimos que o diretor-geral seja oficiado para garantir o cumprimento das diretrizes fundamentais sobre o Termo de Acordo 029/2012, que trata, dentre outras coisas, da compensação de horas a serem trabalhadas pelos servidores do DPF”.
O diretor de Estratégia Sindical da Fenapef, Paulo Paes, o diretor de Seguridade Social, Naziazeno Florentino dos Santos e o diretor Parlamentar, Marcelo Pires Teixeira denunciaram diversos casos de perseguição contra policiais em seus estados. “No Paraná nossa representante sindical em Foz do Iguaçu sofre intensas perseguições desde o fim da greve”, disse Florentino.
O presidente do Sindicato dos Policiais Federais em São Paulo, Alexandre Sally, denunciou que as perseguições em seu estado estão prejudicando o próprio trabalho da PF. Sally disse que agentes que atuavam na investigação do PCC há bastante tempo foram transferidos para áreas burocráticas por terem participado da greve. “O MJ tem um convênio com o governo paulista para combater esses criminosos que está sendo prejudicado”.
Os demais representantes sindicais também narraram episódios de perseguição em seus estados.
No documento entregue pelas entidades e assinado pelo presidente do Sindicato dos Policiais Federais no Distrito Federal, Jones Leal, os policiais destacam a verdadeira segregação praticada contra os EPA´s dentro do DPF. O documento solicita também a intervenção do ministério nesse processo que é “incompatível com qualquer diretriz de motivação, modernização ou promoção da qualidade de vida no ambiente de trabalho”.
No mesmo documento, as entidades desenharam um mapa que aponta a alta evasão dos EPA´s que saem do órgão em busca de novas oportunidades. Segundo estimativas das lideranças sindicais, todos os anos 200 agentes, escrivães e papiloscopistas deixam a PF.
REUNIÃO – Marcelo Veiga ressaltou que levará os documentos ao conhecimento do ministro e que na reunião da terça-feira, 12, o tema poderá ser debatido. Marcelo também destacou a questão do adicional de Fronteira cujo projeto está na Câmara. “O ministro já solicitou prioridade para a proposta”, frisou.
Também participaram do encontro o diretor de Relações Sindicais do SINPEF/MG, Luiz Antônio Boudens; o presidente do Sindicato dos Policiais Federais no DF, Jones Leal; o presidente do SINPEF/GO, Adair Ferreira; o presidente do Sindicato dos Policiais Federais no Espírito Santo, Marcos Firme; e o vice-presidente do SINDIPOl/DF, Flávio Werneck Meneguelli.
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